IA e Crianças: Devemos Ensinar ou Proteger?
Imagine uma criança a olhar, cheia de curiosidade, para um assistente de IA iluminado, com olhos digitais que brilham de possibilidades. Para alguns, este é um símbolo de avanço; para outros, um alerta. De robôs Moxie a peluches inteligentes com GPT, a inteligência artificial está a transformar o modo como os mais novos brincam, aprendem e se relacionam. Mas à medida que a IA se torna “amiga” do dia-a-dia, onde termina a descoberta saudável e começa a influência invisível?

Brinquedos Inteligentes ou Influência Oculta?
Brinquedos com IA e apps interativas já fazem parte do quotidiano: leem histórias, respondem a perguntas e até jogam com as crianças. Podem estimular a aprendizagem e a criatividade. Contudo, por trás da diversão, existem algoritmos sofisticados cujos objetivos nem sempre são claros ou alinhados com o bem-estar infantil. Será isto educação, ou manipulação subtil?
Aprender com Tecnologia — E o Resto?
Tempo de ecrã e ferramentas educativas prometem enriquecer vocabulário e criatividade. No entanto, investigações recentes mostram que muitas crianças criam laços emocionais com os seus “amigos” digitais, o que pode afetar o desenvolvimento social natural. À medida que o uso se prolonga silenciosamente, a supervisão parental ou escolar é frequentemente limitada.
O Papel Essencial dos Adultos
Acima de tudo, as crianças precisam de adultos que ouçam e transmitam empatia. Proteger não é afastar a tecnologia, mas ensinar empatia digital — ajudando os mais pequenos a distinguir com quem (ou com o quê) interagem e porquê. O equilíbrio está no acompanhamento, não na proibição.
Conclusão: Ensinar e Manter Consciência
A IA já faz parte da infância. Pode ser fonte de criatividade ou influência silenciosa, conforme o acompanhamento dos adultos. O verdadeiro dilema não é “permitir ou proibir”, mas “como usar e com que finalidade”. Façamos escolhas conscientes em cada passo.
✍ Thornike • 23 de junho de 2025